quarta-feira, agosto 16, 2006

Capitalismo também não fica atrás

Quem leu o meu último post deve ter ficado com a ideia de que sou todo anti-comunista e que sou defensor do capitalismo e do seu expoente máximo, os EUA. Nada mais longe da verdade. Sinceramente, não vou à bola com o capitalismo e através do exemplo amerdicano explico porquê. Quem pode simpatizar com um regime onde as empresas é que mandam e o estado – que supostamente representa todos – está subjugado ao grande poder económico? Quem pode simpatizar com um regime onde 1/5 da população vive abaixo ou perto do limiar da pobreza? Quem pode simpatizar com um estado onde o dinheiro está primeiro e o cidadão depois? Algumas pessoas podem simpatizar, mas não por aqui. Com todos estes problemas muitos vêem (mal, muito mal) no comunismo a solução, mas nem pensar. Aí e como diz o povão a emenda seria pior que o mal.
O indicado seria conciliar um regime onde existisse um estado forte e que impusesse as regras e a partir daí todos poderem jogar. Ele não intervinha a não ser para castigar quem se portasse mal, de resto seriam os participantes a tratar de tudo. Daria aos participantes o treino, o equipamento e depois venceria o melhor. Muitos dirão que isto não é carne nem peixe, mas se calhar o melhor será mesmo uma posição intermédia.
E para quem me obrigar a escolher entre os dois regimes falados, remetia a resposta para um frase do Kruchev quando visitou os EUA em 1959 (disse mais ou menos isto) “os americanos são escravos do capitalismo, mas para escravos até vivem bastante bem”.