BardaJonas

Quem tem visto o Benfica ultimamente, e por ultimamente quero dizer – os últimos 13 anos – só pode ficar com a percepção que algo de muito errado de passa e que nos tiraram o bem mais valioso: a glória (o esplendor e não a ave que voa no início dos jogos no estádio e que não é uma águia).
Todo o benfiquista sente que isto assim não pode ser. Mas depois fica todo contente quando se contrata um gajo qualquer e vai ao estádio feito labrego para continuar a sustentar a quantidade de chulos que por lá habitam.
De uma vez por todas, o Benfica precisa de um Benfiquista que, acima de tudo, goste do clube e ponha os interesses do SLB em primeiro lugar. A maralha que lá está quer tanto que o Benfica ganhe como o Bolton em Inglaterra.

Agora muitos dizem que temos um estádio novo, que nos modernizamos, que o marketing nunca esteve tão activo. Isto tudo é verdade, mas o que retiramos daí? Nada! O dinheiro em falta continua com poucas mudanças, o centro de estágio fica no Seixal (no Seixal, pelo amor do Santo!!!), o prestígio europeu é pouco ou nenhum e ganhar o que quer que seja parece uma miragem.
Isto para não falarmos do plantel, quantos jogadores de classe é que vieram para o Benfica nos últimos anos? Assim, vagamente lembro-me do Petit, Van Hooijdonk, o Cardozo, uns jovens com talento e pouco mais. Isto numa média de quase 15 jogadores por ano na última década. Para quê? Para se ganhar dinheiro com as transferências e os benfiquistas a penarem! Não está no nosso sangue sofrer, isso é do outro lado da circular, nós estamos habituados a vencer, ou pelo menos, ir a semi-finais e finais da champions e perder dignamente.

Já agora, sabiam que o Benfica é o 3º clube em ex-équo com mais presenças em semi-finais da Taça dos Campeões? E isto sem pôr lá os butes desde 91. O Benfica é clube para jogadores como o Jonas Thern, o Valdo, o Isaías, o Magnussen, o João Pinto, o Ricardo, Schawarz, o Mozer. O Benfica é clube para ir jogar contra os campeões ingleses e eliminá-los, de jogar no estádio da Luz e atacar 90 minutos massacrando os campeões espanhóis ou italianos (mesmo que perca a eliminatória), de ir a França dar 0-3 na primeira parte e descansar na segunda. De jogar em Portugal e perder no máximo 10 pontos em todo o campeonato. Agora isto, não. Tenham dó.

E agora pergunta o leitor: o que isto tem a ver com o titulo do post? Absolutamente nada. Mas já que desde Maio que ninguém se cala com o assunto (não existem mais crianças que passaram pelo mesmo? Só foi aquela?) resolvi escrever e sem dúvida que se pode afirmar que Bardajonas acompanha o grande fluxo informático mundial.