No tempo do senhor mau
Ao comentar um discurso do PR – o do alertar à discrepância de salários entre donos/gestores e empregados – um membro do PCP disse que esta situação tem aumentado consideravelmente nos últimos 30 anos. 30 anos disse você? Desculpe, disse 30 anos? Então e no tempo antes, não? Não era pior com o senhor mau? Então antes do 25 de Abril (25 de Abril ou “caminho da felicidade” como gostam de falar) as coisas não eram piores? Não se vivia pior por causa do regime dos senhores maus? Porque o senhor que é do PC e, de forma geral toda a esquerda, que está constantemente a diabolizar o regime não falou do tempo antes? Não se vivia pior?
O senhor não o disse porque se o tivesse feito estaria a mentir!
Quando se vêm os dados também não se quer acreditar mas, afinal, antigamente, e sempre comparando com o hoje, não era assim tão mau. Com a lavagem ao cérebro que se faz em Portugal falando somente dos aspectos negativos do Novo Regime até se tem alguma dificuldade em acreditar em alguns factos, como os seguintes.
Observando as diferenças de PIB de Portugal com a restante Europa comunitária (dos 15) a distância é agora maior que nos anos 60!!! O ritmo de crescimento económico de Portugal foi durante essa década superior à europeia, chegando em alguns anos a ser 3 vezes mais. Incrível, não é? E não se pode esquecer que Portugal tinha das maiores reservas de ouro do mundo, podendo não se acreditar mas superior à super reserva dos EUA.
Dizem que à custa disso o Povo passou fome. E hoje? Temos oficialmente confirmados 2 milhões de portugueses na miséria e uma classe média cada vez mais empobrecida e a chegar ao limiar (mais de metade dos portugueses só tem dinheiro para pagar as despesas inerentes à habitação e para alguns víveres) de uma situação insustentável. E quem afirma o oposto deve ter o cu cheio ou viver no país das maravilhas.
Dizem que Portugal após 74 desenvolveu-se. Aí o ouro foi quase todo à vida. Portugal desenvolveu-se mas só a partir do dinheiro europeu, mas mesmo assim a um ritmo bem inferior ao anterior registado e sem criar bases para o futuro com uma corrupção galopante e mesmo com milhões e milhões o ritmo é inferior aos anos 60.
E a diferença entre ricos e pobres, apesar de ser um dos grandes problemas da altura hoje é algo digno de um país do terceiro mundo. Somos o país da EU com maiores diferenças sociais. E ainda existe quem negue isto?
“Existem nuances como as colónias ultra-marinas e Portugal perdeu dinheiro com a sua independência”. Muitas pessoas declaram isto em defesa do tal crescimento económico superior à EU. Sim, é totalmente verdade, mas não esquecer que Portugal com meia dúzia de habitantes esteve numa guerra colonial num território do tamanho da Europa, em regiões afastadas entre si, e lutando contra EUA, URSS e Cuba simultaneamente e mesmo assim, exceptuando a Guiné, estava a safar-se. Isto mantendo crescimento económico!!!
A nível económico e dadas as circunstâncias, Portugal teve um bom desempenho, o regime desde cedo consolidou as finanças embora fosse o próprio regime a impedir que este prosperasse ainda mais sufocando a indústria e rejeitando melhores condições de vida à sua população levando-o à sua própria extinção. O “senhor mau” teve oportunidades de criar um país desenvolvido, a sua própria limitação foi a limitação de um país, gorando-se excelentes oportunidades para um país melhor a nível económico e democrático. Não teve visão e preferiu um povo pobre e submisso à sua governação.
Como em tudo na vida há coisas boas e coisas más. Agora vir com as constantes lavagens cerebrais é que não! Há que informar sem pudores e de forma transparente. Não há que ter medo. Caso contrário, formam-se pessoas com mentes captas, sem espírito crítico. Alguns partidos assim o desejam, mas então está a ressuscitar-se o pior do antigo/novo regime.
E a propósito dos altos salários, quem era da elite vivia bem, os empresários ostentavam luxo e o povo vivia mal (como em todos os períodos históricos), mas uma das grandes diferenças, que apesar de simbólica é significativa, o Presidente do Conselho morreu da forma que sempre defendeu e viveu: humilde e sem riqueza. Obrigou o povo a viver daquela forma mas ele não fugiu do que tutelava (por pensar que estava numa missão divina, a moral, por querer demonstrar algo, as razões ficam para sempre com a personagem) e hoje, nenhum dirigente (da direita à esquerda) pode dizer o mesmo! Vivem em mordemias obscenas e gozam dizendo que são do povo ou que o compreendem, pedem sacrifícios para depois viverem como príncipes. E isto faz diferença, uma grande diferença…
O Benfica reflecte o estado do País – um enunciado teórico proposto por J e concretizado por B
O estado do país atingiu um dos pontos mais baixos dos últimos 80 anos. No tempo do senhor mau vivia-se mal mas o desemprego era quase nulo, o crescimento económico chegava a ser 3 e 4 vezes superior ao actual, não havia dinheiro da EU e a distância para os países europeus era menor, ou seja, atingimos o mínimo dos mínimos.
Não há memória de algo tão mau como a que acontece hoje em 2008. E quem diz isto pode ser o comum português como um benfiquista. Não há memória de uma crise tão grande no SLB como a de hoje. Tem-se um estádio novo, mas irá ficar-se a pagar até 2030 (para além de chover lá dentro e ser frio como o ca@@##), tem-se um centro de estágio mas no Seixal (quem é que quer ir para o Seixal?), as contas não estão consolidadas, o empréstimo ao banco é que está, a única fonte de rentabilidade advém da venda de jogadores como o Simão, títulos nem vê-los, prestígio igual a zero, jovens valores igual ao bolso de um roto etc etc. Mas o que é o que o Benfica tem a ver com o estado do país?
Vamos fazer comparações. Nos últimos 80 anos das maiores épocas de crescimento económico foi precisamente no início dos anos 60, altura do grande Benfica vencedor de taças dos campeões europeus. E não venham com a treta do "ai sem o Eusébio não ganhavam nada", porque apesar de ser dos melhores jogadores do mundo, a primeira taça foi conquistada sem ele jogar naquela época, ele é determinante nos restantes anos, mas a primeira de todas, a primeira em que alguém vence o invencível Real Madrid foi sem ele. O Benfica em meados e fins dos anos 60, apesar de permanecer grande, começa a ficar sempre à beira do título europeu nunca o ganhando, “coincidindo” com o início da guerra colonial. Novo fôlego com várias meias-finais e embates titânicos com o Bayer Munique e Ajax. O que se passou nessa altura? Salazar morreu. Depois Benfica a viver um período conturbado e o país viveu os anos seguintes do pós-25 de Abril igualmente agitado. Finais dos anos 70 e Benfica começa a endireitar com os quartos-final e meias-finais equilibradas com o Liverpool (menos aquela em que levamos 5-1 no Estádio da Luz) e o país começa a endireitar-se com o aparecimento de um homem decente como Sá Carneiro. O Benfica perde uma final da taça UEFA e começa a surgiu o polvo do FCP, e aí temos os governos patéticos do bloco central com instabilidade sendo o culminar do estado miserável do país com a vitória do porto na final da taça dos campeões. O Benfica em final dos anos 80 e início tem nova lufada de ar fresco, apesar do Penalty do Veloso e do golo do Rijkard, e o país encontra o primeiro-ministro menos mau, não é bom é o menos mau, do século XX: Cavaco Silva. Com o país a conseguir finalmente alguma estabilidade e desenvolveu-se minimamente. Já começam a ver a relação? Agora preparam-se para as provas definitivas..
Quando é que o Benfica começou a desdenhar? Em 1994, com a gestão de Manuel Damásio onde se compravam jogadores como se fossem croissants quentes. Isto não faz lembrar nada? Em 1994 Guterres toma conta do país e esbanja o dinheiro da EU no maior quadro comunitário de apoio em nada, pronto, em nada não, para os amigos. No Benfica foi a mesma coisa, tanta transferência para os meninos ganharem dinheiro. Final do século e o Benfica passa para as mãos de Vale e Azevedo e o país começa a tomar consciência do “monstro socialista”. O Benfica é enxovalhado na praça pública pelo 7-0 de Vigo, pelos desvios de dinheiro, pela falta de títulos e Portugal transforma-se num “pântano”. O Orelhas pega no clube e, pouco depois, Durão do país. O campeonato é ganho e os cegos ainda pensam que a coisa vai endireitar mas alguns acordam da realidade. O Orelhas diz que em 3 anos o Benfica irá ganhar a Champions, Santana chega ao poder e promete ser uma pessoa responsável. Orelhas volta a ganhar a eleições e Socrátes toma conta de Portugal.
Agora Benfica nunca esteve pior que antes, nem o país.
Com isto tudo, ainda se acredita que o Benfica não influencia o país? Em vez de se pensar, seriamente, em mudar para melhor o país que se faça alguma coisa para melhorar o Benfica – como pôr um benfiquista como presidente – e o país irá por arrasto.
Sócrates, ainda pior
Falando com um amigo sobre cada primeiro-ministro ser pior que o anterior, ele perguntou:
- Mas achas que Sócrates é pior que o Santana?
- Por incrível que pareça, sim é muito pior.
- Achas mesmo?
- Sim, a diferença é que Sócrates faz mal e mantém o mal de forma irresoluta, como se isso fosse convicção. Aliado a outro factor parece que Santana era pior.
- Qual?
- A comunicação social e o povo sempre foram mais tolerantes com a esquerda do que com a direita.
Para quem dúvida que cada governante tem sido pior que o anterior basta ver o estado do país hoje, dia 12 de Junho de 2008, totalmente ingovernável.
Manifestações – uma trampa colectiva
5ª feira ao fim da tarde, houve uma manifestação que juntou 200 mil pessoas que protestavam contra o novo código laboral e as politicas do actual governo. Esta acção de rua afectou a zona central e circundantes de Lisboa, alterando o normal funcionamento da vida das pessoas. Autocarros atrasados, metropolitano a abarrotar e uma hora de chegada ao destino pretendido bem diferente do desejado.
Na dita manifestação houve berraria, indignação com este governo e muitas ameaças ao “poder de rua”. Contudo, foram, essencialmente, estas pessoas quem votaram no actual primeiro-ministro. Não se percebe, mas afinal quando votaram no PS o que estavam à espera? De uma boa governação? Se estão descontentes existe um dia apropriado para se fazerem ouvir, chamam-se eleições. Se não querem que se mantenha o actual estado de coisas que votem noutro partido, e tal como mencionei num post anterior, o que não faltam são partidos. Mais de 10!
Ao vir para a rua, estas pessoas demonstram o quão anti-democráticas são. Este governo foi eleito por uma maioria. Pode-se discordar da capacidade intelectual dessa maioria, mas o jogo democrático é assim mesmo. A maioria impõe a sua razão aos demais. Se a maioria é burra, que o seja, as regras do jogo estão definidas à partida. Este governo tem durante 4 anos o direito de fazer o que lhe passa pela cabeça, as pessoas deram-lhe legitimidade para tal. Uma legitimidade dada por mais de 50 % das pessoas que foram votar. A isto chama-se democracia. As manifestações de rua nada mais são que uma minoria impor o seu pensamento aos outros. Se querem mudar que mudem. A cada 4 anos e não a cada 15 dias em manifestações.
Para finalizar e com toda a razão, ouviu-se por parte de uma senhora aborrecida uma frase típica de quem trabalha e vê a sua vida perturbada por estes manifestantes, “se fosse para trabalhar não apareciam tantas pessoas”.
Manuela, a Dama-de-Ferro
Manuela ganhou as directas do PSD. Durante a campanha afirmou que se ganhasse e fosse líder da oposição iria causar muitos pesadelos a Sócrates. Dá para ver que é uma senhora com credibilidade, pois isto é a mais pura verdade. Quem é que não teria pesadelos ao sonhar com a Manuela?
Agora de uma forma mais séria e abordando a questão política, a senhora apresenta como maior trunfo a credibilidade. Num político isso é tão comum como um cubo de gelo numa serpente do deserto. E ela apresenta de forma tão efusiva este grande trunfo porque pouco mais tem a apresentar. Faltou-lhe ser uma boa ministra da Educação, uma boa ministra das Finanças e nunca se demarcou das políticas absolutamente disparatadas deste governo no controlo do défice. A experiência governativa não foi brilhante, e como tal apresenta-se como pessoa que trabalha (é verdade), credível (é verdade), com pose de estado (é verdade, mas para que isso serve?) e pouco mais. E este é o grande problema de Portugal, não se escolhem os melhores, escolhem-se os menos maus. Ela até pode ganhar, e espera-se que sim, mas porque este primeiro-ministro parece o anti-cristo e não porque é a pessoa indicada para tal e ter capacidades de levar Portugal a um rumo melhor do que tem sido tomado nos últimos anos.
E assim continuará Portugal, no seu caminho dos menos maus.
Regras da Casa II
Mesmo assim existe algo pior que a situação que escrevi anteriormente. É alguém ser acusado de preconceituoso por pensar que quando se visita uma pessoa tem de respeitar as regras da casa. Existe de imediato uma condenação, baseada em valores morais, de quem pensa de forma diferente à estipulada do politicamente correcto (comer e calar) é preconceituoso e que está errado. Engraçado que essas pessoas querem impor o seu ponto de vista sobre os outros, todavia, são ditadorzecos. Se defendem tão ferozmente a democracia, não é anti-democrático desrespeitar as opiniões dos outros? Ou só é democracia quando se aceitam as suas ideias?
A culpa muitas vezes nem é dos “convidados” que se comportam mal, porque se tivessem regras, com certeza que as aceitariam ou iriam embora, mas sim daquelas pessoas que as deixam comportam assim e mandam calar as outras, mas que depois não têm coragem de arrumar a casa
Regras da Casa
Quando alguém vai a casa de outra pessoa, por norma, respeita as regras do dono da casa. A não ser que seja algo fora do comum, o habitual é uma pessoa comportar-se de acordo com o morador fazendo os possíveis para não incomodar. Aposto que quando o leitor tem visitas em sua casa não quer que o convidado desarrume tudo – se está arrumado claro – ou que lhe tire as coisas. Há situações onde é inevitável existir confusão, então quando há crianças envolvidas nem se fala. Como elas gostam de fazer puzzles com as bonecas de porcelana, chegar e a atirar almofadas para o chão, ou então fazer rituais satânicos com os cães ou gatos. Os pais das crianças deviam dar educação mas nas crianças ainda se desculpa.
Se todos concordam com as regras da casa dos donos da casa porque razão na Europa assiste-se ao contrário? Passo a explicar: existem grupos de pessoas que vêm para a Europa, ainda por cima muitos deles sem serem convidados, e querem que os donos da casa mudem as regras para eles ficarem satisfeitos. Dizem que é ofensivo e os europeus, feitos rabilós, mudam as regras da própria casa para que os outros se instalem. É o primeiro passo para a substituição do proprietário.
Sabendo de antemão que posso levar com uma bomba em cima, o que em Portugal não é nada porque morre-se mais nas estradas lusitanas que no conflito do médio-oriente, quero apenas dizer que os muçulmanos são uns convidados muito mal-comportados. Ninguém pode dizer que não aos meninos para não ferir susceptibilidades. Ai ai ai não se pode dizer mal dos meninos. Querem trazer os seus costumes para a EUROPA infringindo os nossos e num acto de passividade os europeus baixam as calças, dobram-se e ainda dão a vaselina. Por aqui as mulheres são iguais aos homens, por aqui usar véu e burka é um atentado aos direitos das mulheres, por aqui discriminar é feio (e discriminar quem discrimina também é feio mas esta situação irrita-me tanto como uma comichão no escroto), por aqui apelar à morte de quem discorda das nossas ideias é estúpido. Se não respeitam as regras vão para os vossos países!!! Em muitos destes países se uma pessoa usar um crucifixo é condenado a uma pena de prisão, chegando em alguns casos à morte, como aconteceu recentemente a empregados cristãos que chegaram a morrer em países muçulmanos por, supostamente, estarem a tentar converter pessoas. Acontece tudo isto e nas nossas casas querem ser tratados de forma privilegiada?
Se um jornal publica umas caricaturas foi a vergonha que foi, se um estado quer independência como o Kosovo e dão-lhe desrespeitando toda o direito internacional para não ofender os meninos (é verdade que existiam outros factores à mistura), imagino a situação daqui a 50 anos. Existirão perseguições por quem ouse ser de outra religião. Ia escrever quem ouse desmentir ou discordar do profeta Maomé, mas esqueci-me que quem o fizer leva com uma Jihad nos cornos. No domingo de Páscoa um muçulmano converteu-se ao catolicismo, tendo-lhe sido aplicada uma pena de morte por grupos islamitas. No entanto, por todo o mundo quantas pessoas são postas numa lista de morte por se converter ao islamismo?
Por estas e por outras é que a Europa passou a ser raquítica, é constantemente humilhada e deixou-se ultrapassar por todos enquanto centro de decisão e poder, porque não sabe defender a sua casa!!!